Como gastar bitcoins e dólares sintéticos com cartões de crédito virtuais
Avaliando algumas opções acessíveis ao brasileiro em jurisdições exteriores
O cerco está se fechando no narcoestado comunista. Eis que o regime totalitário agora começa a mostrar as garras e acelera a repressão financeira contra os informais, que são em sua maioria a maior parte da população brasileira que consegue se virar fora do maldito CLT.
Agora temos que nos atentar ainda mais para começarmos a utilizar das melhores opções em termos de anonimato e privacidade, buscando escapar das garras do demônio.
Felizmente já existem soluções muito boas para quem quer ter um pouco mais de liberdade e o mercado de stablecoins em si já é muito maduro e com incontáveis opções para principalmente prestadores de serviço que vão começar a sentir o grosso com a reforma tributária. Quanto mais cedo as pessoas tiverem conhecimento e começarem a usar as soluções paralelas, melhor para elas e suas famílias.
Nesse post farei uma breve lista das opções de cartões de crédito mais utilizadas e tentar explicar um pouco suas taxas e limitações.
Conceito geral
Existem muitas fintechs pelo mundo afora que permitem aos usuários abrirem contas rapidamente e acessarem serviços bancários de forma rápida e eficiente. Hoje em dia com os smartphones as pessoas já conseguem substituir os cartões de plástico por cartões virtuais e pagar maquininhas por aproximação, além de também realizar compras online. Com isso existem muitas opções para quem deseja utilizar como saldo seus bitcoins ou seus dólares sintéticos (USDT e USDC principalmente). Esses serviços possuem várias características em comum, em geral você só precisa instalar o app e criar uma conta com um KYC que varia de empresa pra empresa. Como alguns desses serviços ficam em jurisdições menos reguladas existe a oportunidade de ter algum nível maior de privacidade do que utilizar as porcarias de bancos que temos por aqui. Alguns oferecem referral, cashback e programas de pontos assim como outros cartões.
O mais importante a se observar são as taxas e o nível de KYC. As taxas podem encarecer demais as despesas pagas no cartão, ficando na maioria das vezes proibitivas para a maioria das pessoas. O KYC também é um problema visto que algumas empresas tem CNPJ cadastrado no Brasil, o que significa que existe um provável repasse de informações.
É muito difícil saber o nível de cruzamento de dados e disponibilidade de dados que o estado satânico br consegue acessar na maioria desses serviços, portanto cabe a cada um entender cada produto e decidir quais as melhores opções para o dia-a-dia.
Cartões
Revolut
Nível de KYC: ALTÍSSIMO
Probabilidade de repasse de dados: MUITO ALTA
Taxas: ÓTIMAS
Disponibilidade: ÓTIMA
A Revolut já foi mencionada aqui no substack com relação a ser uma boa maneira de negociar no P2P pela Bisq e pela Robosats. Infelizmente, a Revolut desde o final de 2024 deu várias indicações que está full compliance com as regras bostileiras, inclusive agora o CNPJ local aparece nos extratos, o que dá a entender que as movimentações ali registradas serão repassadas para o satanás. Por isso, apesar de ter o melhor serviço e taxas da lista, não vale mais a pena se o seu objetivo for ter mais privacidade.
RedotPay
Nível de KYC: MÉDIO
Probabilidade de repasse de dados: MÉDIA
Taxas: BOAS
Disponibilidade: ÓTIMA
A RedotPay é uma opção muito boa. A empresa tem sede em Hong Kong e permite que você carregue o seu cartão com BTC, USDC e USDT. O gasto é deduzido somente na hora das compras. A conversão para BRL fica em torno de 2,5% de spread, nada mal para um cartão desse. Tem um KYC um pouco mais sério, mas não dá pra saber ao certo o quanto das informações são repassadas para cá. Permite que você adquira o cartão virtual por $10 USD ou um físico por $100 USD (ouch!). Esse cartão basicamente funciona em tudo: maquininhas, iFood, MercadoLivre, etc. sendo uma ótima opção para quem quer ter um cartão offshore.
Redot no geral é uma excelente opção, mas ainda não é muito claro o grau de compartilhamento das informações com a RF. Uma vantagem que gosto muito é a comodidade de deixar o saldo em bitcoin mesmo e ir gastando, sem precisar gastar com o swap para USDT primeiro.
Kast
Nível de KYC: BAIXO
Probabilidade de repasse de dados: BAIXA
Taxas: BOAS
Disponibilidade: ÓTIMA
O Kast é uma opção mais recente e em termos gerais é muito similar ao RedotPay, mas possui um programa de rewards com uma shitcoin que ainda está indisponível. Kast aceita agora carga em BTC mas faz a conversão automática para USDT. Fora isso, o KYC deles é várzea e ainda permite que você livremente selecione outro país como residência fiscal. As taxas são um pouquinho melhores que o Redot mas uma diferença quase irrelevante. O Kast vai cobrar uma anuidade de $18 após os primeiros três meses. Se você busca uma opção mais nova e com um grau de privacidade mais elevado essa aqui hoje é a melhor da lista. Kast cobra uma taxa fixa extra de $0,10 para compras menores que $25. Um bom setup é ter os dois cartões Redot e Kast, e para compras pequenas utilizar o Redot para economizar um bocado.
TheBitcoinCompany/Trocador.app
Nível de KYC: BASICAMENTE NULO
Probabilidade de repasse de dados: NULA*
Taxas: RUINS
Disponibilidade: RUIM
Através do aplicativo TheBitcoinCompany e do site trocador.app você consegue adquirir cartões pré-pagos completamente anônimos. Esses cartões tem o melhor grau de privacidade por não exigirem KYC porém cobram taxas altíssimas e também com frequência apresentam erros dependendo de onde são utilizados. Algumas vezes os usuários terminam com o saldo bloqueado por algum problema e é muito difícil conseguir suporte técnico nessas situações. O cartão da TheBitcoinCompany por exemplo até a última vez que verifiquei cobrava uma taxa fixa de $2 e mais 2,5% por transação, o que a torna completamente proibitiva pro brasileiro médio no dia-a-dia. Enfim, é bom saber que existe, mas tome cuidado pra não perder dinheiro com isso.
Outras considerações
Não coloquei na lista alguns outros cartões que são até populares entre bitcoinheiros como o UZPay porque sinceramente as taxas ali são pornográficas.
Todos esses cartões devem ser utilizados no modo CRÉDITO nas maquininhas e sites. Nenhum deles permite parcelamentos.
Em algumas maquininhas é requisitado para o usuário selecionar qual moeda ele quer cobrar, USD ou BRL. Sempre escolha BRL porque senão você irá usar a cotação do dólar da operadora da maquininha, que é uma merda. Geralmente você precisa apertar o botão vermelho da maquininha.
Os cartões permitem transferências entre usuários sem taxas, então faça o seu, da mamãe, da esposa e do titio e ajude sua família nesses tempos desgraçados.
Update 27/1/2025:
Adicionado detalhes extras sobre a taxa adicional cobrada pela Kast para compras abaixo de $25.
Update 2/6/2025:
Atualizadas as informações sobre a Kast, que agora aceita carga em bitcoin e a taxa fixa caiu de $0,25 para $0,10 em compras abaixo de $25.
Mais um artigo excelente. Uma dúvida: posso carregar o redotpay com btc comprado fora do radar?
O RedotPay aceita ETH tbem...excelente artigo irmão!